sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Marketing de moda


Marketing de moda

Por Adriana Peccin Consultora empresarial, professora e coordenadora do Curso de Administração e do curso de Moda  da Ulbra Torres/RS. 

Sempre me interessei pelo marketing e pela comunicação de todo tipo de empresa, não importando a área de atuação. Afinal, o que me fascina é exatamente exercitar as diferentes formas de aplicar o marketing de acordo com as especificidades de cada segmento. Um pouco de cada setor me fascina e acredito que quanto mais conheço de cada um, melhor me preparo para futuros desafios. 

Mesmo assim, tenho, obviamente, minhas preferências. Uma delas é a moda. A moda não é só passarela ou vitrine. Um mercado de moda deve ter características locais. Porque a moda não é apenas o que se coloca na vitrine, ou o que vestimos ou copiamos das revistas. Tem a ver com gente, com a vida que elas têm, os lugares em que elas vão, as coisas que elas fazem, a moda é, sobretudo, um negócio, que acompanha a tendência da economia, dos estilos de vida das pessoas, seus comportamentos e principalmente seus desejos.

 Logo,  moda  e indumentária são meios de comunicação , é entender como as pessoas se comunicam. A moda e a comunicação, desenvolvem um papel importante na construção de uma imagem tanto para fins de comunicação, expressão individual, importância sócio-econômica ou status, como para definição do papel social.

 A função unificadora da moda e da indumentária pode servir para comunicar a afiliação de um grupo social, tanto para aqueles que são seus membros como para aqueles que não o são.

Além disso, a aquisição e o uso de roupas novas é uma forma, cada vez mais bem documentada, pela qual algumas pessoas tentam alterar o seu humor. Um número crescente de pessoas se tornou “viciada” nos sentimentos que experimentam ao usar uma coisa nova - há inclusive prazer por apresentar uma aparência diferente ao mundo.

Ambas podem  ser usadas para indicar ou definir os papéis sociais que as pessoas têm. Elas podem ser tomadas como sinais de que uma certa pessoa exerce um determinado papel e por essa razão espera-se dela que se comporte de uma maneira específica. Os diversos trajes e os diferentes tipos de roupa usados por pessoas diferentes permitem que se efetue mais suavemente uma interação social que de outra forma não teria lugar.

Assim, considerando-se que, ao se trabalhar com o posicionamento de uma marca de roupas, lidamos com a comunicação de ideias e significados, da imagem e da identidade da marca, certamente há momentos em que o trabalho de marketing sobre a marca se confunde com as decisões de significado e comunicação da moda produzida pela empresa.

 Aí surge a importância de estudar o comportamento do consumidor de produto de moda, pois ele é a base para a formulação de estratégias ativas de marketing.

 Como a moda é mais intangível do que tangível, as pessoas se deixam levar mais pela emoção do que pela razão na hora da compra. O grau de envolvimento do consumidor com os produtos de moda é, portanto, mais emocional.  

 Todas essas vivências abrem a mente e permitem descobrir que há várias formas de ver o mundo e fazer as coisas acontecerem no mundo dos negócios.




 

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Compra Virtual x Compra Física


Por Jhenyffer Machado e Tiago Roberto Oliveira, acadêmicos do Curso de Administração e Adriana Peccin Consultora empresarial, professora e coordenadora do Curso de Administração Ulbra Torres/RS

 

Compra Virtual x Compra Física

 

Devido à expansão de produtos ofertados no meio virtual, as empresas físicas têm pela frente um grande desafio de atrair seu consumidor para dentro de seu comércio.

Ainda que as compras pela internet tenham crescido bastante, ainda há uma fatia grande de mercado a ser explorado, pois pesquisas mostram que 74% dos consumidores nunca usaram a internet para consumir.

As vantagens das compras virtuais dão-se pela comodidade de poder comprar sem sair de casa, o acesso fácil e remoto a qualquer produto, loja e serviço em curto espaço de tempo e praticidade além de que muitos consumidores perceberam que o mesmo produto encontrado em lojas físicas pode ser comprado pela internet por um preço menor e parcelas maiores com juros menores que em lojas físicas. O fato de o consumidor poder comprar a qualquer hora e as lojas físicas limitarem o horário de atendimento também atrai o consumidor para a compra online, muitas lojas e-commerce fazem promoções em horários diferenciados. Mesmo com todas essas vantagens esse tipo de compra atrai poucos consumidores, pois a preferência nacional ainda é a compra física.

O consumidor hoje é envolvido por muitos fatores no momento de compra.  As empresas utilizam de várias estratégias para atrair o consumidor, explorando os inúmeros sentidos: visual, auditivo, olfato, paladar e tato.

O e-commerce (compra virtual) limita-se na totalidade dos cinco sentidos, pois utiliza apenas dois: visual e no máximo auditivo. As empresas que oferecem produtos pela internet devem usar da criatividade, cores e músicas e promoções na oferta de seus produtos para influenciar seu consumidor, diferente das lojas físicas, que conseguem utilizar os cincos sentidos. Sendo o mais atrativo para o consumidor o TATO e a possibilidade de obter a compra de imediato.

Fazer com que o consumidor experimente, toque, olhe, sinta o produto é uma enorme vantagem, pois esta experiência faz com que o consumidor possa avaliar o produto antes da compra.

A diferença tangível da preferência da compra física justificasse pelo poder da utilização dos cinco sentidos. Ainda não há nada mais satisfatório para o consumidor que o envolvimento.

Cada vez mais é necessária a atuação do marketing em torno do comportamento do consumidor. Além de entender sua necessidade e os motivos aos quais o fazem efetuar uma compra, agora é preciso instigar o cliente a sair de casa para comprar.

Proporcionar experiências ainda é algo que a internet pouco consegue fazer, embora as redes sociais estejam tirando o convívio face a face das pessoas ainda temos a necessidade de olhar, tocar, sentir de perto, pegar para si, estar presente. O valor que se dá as coisas sentidas e tocadas ainda é maior do que as vantagens que a internet nos traz.

Pode-se concluir que a uma grande discrepância entre as compras virtuais e físicas, pois se relacionarmos com a questão VALOR E PREÇO, compras efetivadas em lojas físicas, os clientes obtêm um valor diferencial, ou seja, quando mencionamos a palavra VALOR, não é necessariamente no quesito monetário, e sim no valor relacionado ao todo da compra, deste a entrada na loja até a saída final com o produto em mãos, uma vez que, podemos concluir que, VALOR é o que se leva, e PREÇO é o que se paga. 

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

O comportamento do consumidor jovem


Por Maria Aparecida Josefino e Yuri Sala Magnus, acadêmicos do Curso de Administração e Adriana Peccin Consultora empresarial, professora e coordenadora do Curso de Administração Ulbra Torres/RS

O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR JOVEM

A cada instante cresce mais a influência do mercado juvenil diante das grandes corporações. Internet, revistas segmentadas, programas de televisão, whatApp, blogs e outros meios de comunicação povoam o cotidiano de muitos jovens no mundo inteiro. Nos últimos anos, ocorreu no Brasil um crescente interesse pelas mídias por parte dos adolescentes e das próprias empresas investidoras. Os grandes sucessos de divulgação de produtos e criação de oportunidades são gerados pelo manuseio de ferramentas integradas de comunicação.

O mercado consumidor é composto por diversos grupos sociais, econômicos e culturais, não se definindo exatamente um perfil padrão, homogeneizado, em que de uma única e simples maneira a informação será penetrante e sua interpretação será a mesma para todos.

O cenário atual traz um fato fundamental e de grande importância: uma projeção para 2020, considerando com base o período de1980 até os dias de hoje, indica uma diminuição constante em todas as faixas etárias que englobam a infância e a adolescência, com maior ênfase na faixa de 0 a 4 anos, que cai de 14% para 8% em 2020. As faixas de15 a19 anos e de 20 a 24 anos mantêm-se estáveis no período de 1999 até 2003, mas depois começam a declinar (IBGE, 2000). Frente a esse panorama e às colocações realizadas no início foi observado que o comportamento do jovem brasileiro sofre influências sociais, econômicas e culturais. O comportamento do jovem frente ao consumo é bastante influenciado, principalmente, pelo aspecto social (status), que tem relação direta com a aceitação pelo grupo a qual pertence. O aspecto econômico acaba sendo administrado pela forma como satisfazer os desejos de consumo dentro da realidade que convivem. Independentes da classe a que pertencem, os comportamentos são muito parecidos quando se trata de consumo. Do ponto de vista psicológico, a necessidade de “fidelidade à marca” (inúmeras vezes adquirindo falsificações ou produtos pirateados), tem um caráter importantíssimo no desenvolvimento psicossocial e sexual do indivíduo. A maneira como adquire, muitas vezes, acaba sendo irrelevante para ele, importando apenas satisfazer sua necessidade a fim de se adaptar ao mundo que vivencia.

Embora nos dias de hoje o comportamento do consumidor jovem venha mudando devido à necessidade de participar do orçamento doméstico e o fato de que muitos trabalham em tempo integral, há uma parcela grande que opta por morar com os pais até mais tarde para que não tenham gastos fixos e possam usar seu dinheiro para  poder adquirir os bens de consumo que tanto almejam.

Neste segmento há um destaque maior para o público feminino  ,pois a mulher por sofrer transformações  hormonais constantes tende a adquirir o hábito de comprar para satisfazer os desejos momentâneos, já que por mudar de opinião mais facilmente volta logo a comprar para que possa se sentir realizada. Passar em frente às vitrines  e não gastar nem um centavo é uma tarefa difícil para a maior parte dos mortais, especialmente para as mulheres. Mais cobradas pela sociedade no sentido de que beleza, vaidade e feminilidade sejam fundamentais, elas sem dúvida, gastam mais do que homens com roupas e sapatos, entre inúmeros outros artigos. Para muitas delas, porém, isso não é sinal de maior irresponsabilidade nas relações com o dinheiro, mas, sim, que ainda há uma cobrança, velada, sobre o cuidado com sua aparência, exigindo delas um gasto maior para estar dentro dos padrões.

O homem atualmente continua preferindo comprar em primeiro lugar o carro, mas nota-se uma   mudança crescente no que vinha em segundo plano, onde antes vinham os jogos e festas em grupos ,hoje a moda e a procura por acessórios tem tomado espaço significativo para a inserção aos novos ambientes.

No sentido de como educar os jovens para se tornarem conscientes de suas verdadeiras necessidades e de que precisarão fazer escolhas inteligentes ,será necessário mostrar-lhes  como reverter esta situação. Mas como contornar esta realidade onde o que realmente importa é apenas o poder de consumo? Segundo os psicólogos a solução do problema está próxima: “Embora o jovem já esteja  no mercado de trabalho com o amadurecimento ele irá verificar por si só que outras coisas lhe serão exigidas, além da aparência e do poder aquisitivo. Ter mais responsabilidade é uma delas e com isso o jovem vai descobrir as suas qualidades e aos poucos irá abandonar as etiquetas externas e as compras excessivas.